O Brasil será a sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014, conforme decisão anunciada pela FIFA em 30 de outubro, na Suíça. Nosso país tem agora a rara oportunidade de transformar o principal evento futebolístico mundial em uma fantástica alavanca de melhoria da infra-estrutura - esportiva, hoteleira, de transportes e de áreas como saneamento e drenagem - das nossas metrópoles.
Mesmo assim, não basta apenas conquistar o direito de sediar a copa. Há de se haver um planejamento muito grande, mais do que nunca. É preciso chamar atenção para o seguinte fato: no Pan deste ano os R$ 400 milhões inicialmente estimados tornaram-se cerca de R$ 3 bilhões ao término das obras... Isto não pode se repetir.
Algo que deve ser buscado também e ressaltado, é o investimento privado para reformas (ou construção) dos estádios e também as modificações na estrutura de transportes e dos hotéis do país. Mas e com tudo isso nos fica a pergunta: "Vai dar certo? Será que valerá a pena?"
As empresas brasileiras de arquitetura e engenharia de projetos detêm conhecimentos, tecnologia e experiência suficientes para desenvolver os projetos e gerenciar as obras exigidas, em todos os setores infra-estruturais. Mas e todo esse planejamento e (algumas vezes) dinheiro público gasto oferecerão algum retorno prático para o Brasileiro? Acredito que não. No Brasil as últimas coisas com que o governo se preocupa são a educação e a saúde. O Pan foi um sucesso pois todos os problemas ficaram abafadinhos, largados no seu canto sem aparecer para os estrangeiros; vai acontecer exatamente isso. E depois? Depois no domingo vai ter festa, Brasil campeão (ou não), e segunda feira, ah, um monte de sujeira para o cidadão limpar, verba desviada da reforma do metrô, as obras nos aeroportos foram superfaturados e o assassino do estrangeiro que veio com a mulher assistir a copa vai aguardar o processo em liberdade.
Mas nos resta esperar, torcer, gritar e achar que vai dar tudo certo. Feliz natal e boas festas.
ALEXANDRE FLECK BRANDÃO
brandao.br@gmail.com
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Mesmo assim, não basta apenas conquistar o direito de sediar a copa. Há de se haver um planejamento muito grande, mais do que nunca. É preciso chamar atenção para o seguinte fato: no Pan deste ano os R$ 400 milhões inicialmente estimados tornaram-se cerca de R$ 3 bilhões ao término das obras... Isto não pode se repetir.
Algo que deve ser buscado também e ressaltado, é o investimento privado para reformas (ou construção) dos estádios e também as modificações na estrutura de transportes e dos hotéis do país. Mas e com tudo isso nos fica a pergunta: "Vai dar certo? Será que valerá a pena?"
As empresas brasileiras de arquitetura e engenharia de projetos detêm conhecimentos, tecnologia e experiência suficientes para desenvolver os projetos e gerenciar as obras exigidas, em todos os setores infra-estruturais. Mas e todo esse planejamento e (algumas vezes) dinheiro público gasto oferecerão algum retorno prático para o Brasileiro? Acredito que não. No Brasil as últimas coisas com que o governo se preocupa são a educação e a saúde. O Pan foi um sucesso pois todos os problemas ficaram abafadinhos, largados no seu canto sem aparecer para os estrangeiros; vai acontecer exatamente isso. E depois? Depois no domingo vai ter festa, Brasil campeão (ou não), e segunda feira, ah, um monte de sujeira para o cidadão limpar, verba desviada da reforma do metrô, as obras nos aeroportos foram superfaturados e o assassino do estrangeiro que veio com a mulher assistir a copa vai aguardar o processo em liberdade.
Mas nos resta esperar, torcer, gritar e achar que vai dar tudo certo. Feliz natal e boas festas.
ALEXANDRE FLECK BRANDÃO
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